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A doutrina do juizo investigativo analizada parte 2

Análise da Doutrina do Juízo Investigativo

By: Phillipe Hottman



Parte II – Como Ellen White influenciou a Teologia adventista para um caminho de descrédito na Doutrina do Juízo Investigativo


Ao analisarmos este assunto não se pode desconsiderar que a parte doutrinária do livro “O Grande Conflito” foi produzida e revisada a partir de escritos e influências de vários líderes da Igreja Adventista. Entre estes podem se destacar John N. Andrews, Urias Smith, Tiago White e William W. Prescott.

Ao afirmarmos este fato verídico (a influência recebida) não negamos de forma alguma a responsabilidade de Ellen G. White ao referendar o conteúdo da obra. Aliás, o que ocorreu com absoluta certeza foi a necessidade de se ajustar o QUEBRA-CABEÇAS criado para se justificar o movimento de 1844, que envolvia vários aspectos, entre eles, o que Jesus faria a partir de 1844, já que ele não era a sua volta a Terra o evento ocorrido.

Você verá na segunda parte deste estudo, que tudo o que é afirmado por Ellen White no Grande Conflito com relação ao Juízo Investigativo NÃO encontra respaldo bíblico e isso continua a trazer grandes problemas para a Teologia Adventista.

Continuemos a análise das questões:


XIV. Os santos terão de viver diante de Deus sem um intercessor no tempo de angústia;


1.      A promessa de Jesus é direta: “Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mateus 28:20). E é segura: “ Nunca te deixarei, jamais te desampararei” Hebreus 13:5. Deus diz que NUNCA nos deixará, e promete NUNCA nos desamparar.

2.      João, em sua primeira epístola nos diz que podemos nos sentir seguros: "Se alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo." I João 2:1. E Paulo completou: "Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo SEMPRE para interceder por eles." Heb. 7:25. Mas segundo EGW, no momento mais angustiante da sua vida, Jesus não estará lá para interceder por você.


XV. Os santos no tempo de angústia alcançarão um tal  padrão de perfeição, ou de impecabilidade que “provará” para o Universo que é possível a “perfeita obediência humana” à lei de Deus.


3.      A velha e atraente ideia ‘legalista’ sempre foi uma tentação para os adventistas, Mas neste ponto dos escritos de EGW ela atinge seu ápice: viver uma vida perfeita, impecável, e justamente quando NÃO se tem um mediador no céu. Impressionante como o desdobramento das ideias do juízo investigativo levaram ao velho dilema legalista.

4.      Mas quem desenvolve essa ideia e a torna abrangente é o teólogo M. L. Andreasen. Com bastante calma eu li completamente a sua obra “O Ritual do Santuário”. Posso com certeza afirmar que ele fez um gigantesco esforço para adequar todo o seu pensamento na interpretação dos versos bíblicos ao pensamento de Ellen White. Veja o que Andreasen no penúltimo capítulo de sua obra:

“A guarda dos mandamentos significa completa santificação, vida santa, inquebrantável fidelidade à retidão, afastamento completo do pecado e vitória sobre ele. Bem pode exclamar o mortal: Para essas coisas quem é idóneo!
No entanto, é essa a tarefa a que Deus Se propôs e que espera realizar. Ao lançar Satanás o desafio, afirmando: "Ninguém pode guardar a lei. É impossível. Se existe alguém que possa fazê-lo ou que o haja feito, mostra-mo. Onde estão os que guardam os mandamentos?" Deus responderá calmamente: "Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus". (Apõe. 14:12)
Digamo-lo reverentemente: Deus deve aceitar o desafio de Satanás.” (p. 207)


5.      Andreasen cria um ‘diálogo’ fictício entre o Criador e Satanás, onde Deus aceita o desafio de que é possível ao ser humano ser perfeito na guarda dos mandamentos. Pobre Dr. Andreasen! Para justificar o texto de Ellen White, ele se aprofunda em teses que vieram a ser negada por teólogos de seu tempo (anos 1950 e 1960). Uma das principais foi a tese ‘legalista’ da ´´ultima geração’ perfeita:

“... privados de todo apoio humano; satanás terá permissão de atormentá-los. Além disso, o Espírito de Deus se retirará da terra, e será eliminada a proteção dos governos terrestres. O povo de Deus ficará só para combater contra as potestades das trevas. Estará perplexo como Jó. Mas, como ele, se manterá firme em sua integridade.
Na última geração, Deus será reivindicado. No remanescente encontrará Satanás sua derrota. A acusação de que não se pode observar a lei, será refutada. Deus providenciará não só uma ou duas pessoas que observem Seus mandamentos, mas todo um grupo, denominado o dos 144.000. Refletirão plenamente a imagem divina. Desmentirão a acusação de Satanás contra o governo do céu.” (p. 208)

6.      O problema aqui é a ‘perfeição’, ou seja, perfeita obediência sem que sequer haja um mediador no Céu e sem a presença do Espírito Santo na Terra. Até onde pode ir a defesa de Ellen White?


Não faz sentido um Juízo Investigativo para os Santos. Eis o ‘porquê’:


1ª Razão – Não há Registro no Céu dos Pecados Confessados e Perdoados

O que diz a Teologia Adventista

1.      "Todos aqueles que verdadeiramente se arrependeram e pela fé reclamaram o sangue do sacrifício expiatório de Cristo, terão assegurado o perdão.Quando seus nomes forem chamados a julgamento e se constatar que eles estão revestidos pelo manto da justiça de Cristo, seus pecados serão apagados e eles serão considerados dignos da vida eterna." (Nisto Cremos, p. 418).

Análise

2.      Observe que os fieis somente terão seus pecados apagados quando forem chamados a julgamento. Em qual verso bíblico os teólogos adventistas se basearam para fazer tal afirmação?  Não se basearam em nenhum verso, apenas tomaram por base Ellen G. White. Se você, adventista, duvida disso, então releia o parágrafo anterior (acima) do livro de Doutrinas da Igreja chamado “Nisto Cremos”. Deseja você saber onde isso está fundamentado? Grande Conflito, 484:

3.      “... o sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o Pai; contudo, ainda permaneciam seus pecados nos livros de registro. Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do ano, semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo para redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário.”  É  Ellen White que crê que os “pecados perdoados” continuam registrados nos livros do Céu. E perceba que ela se referia aos “crentes arrependidos”, que haviam recebido o “perdão”.


O que diz a Bíblia

4.      O texto de Hebreus 10:14 a 17, ao fazer referência a uma profecia do Velho Testamento que se cumpriu na vida e morte do Messias é claro em mostrar três coisas:
a)      que o sacrifício de Cristo é completo e suficiente;
b)      que seu sacrifício aperfeiçoa os que nEle creem;
c)      que aqueles que o aceitam, recebem sua lei em seu coração e têm seus pecados apagados, esquecidos.

5.      Leiamos Hebreus 10: 14 a 17: “Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados. E o Espírito Santo também no-lo testifica, porque depois de haver dito:  Este é o pacto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, e as escreverei em seu entendimento; acrescenta: E não me lembrarei mais de seus pecados e de suas iniquidades.”

6.       Como poderia Deus quebrar sua promessa de “não se lembrar mais de nossos pecados e iniquidades”, mas ao mesmo tempo manter um registro deles no Céu? Isso é COMPLETAMENTE ILÓGICO e sem sentido. De forma alguma, pois Deus é fiel e NÃO há nenhum registro de nossos pecados confessados e perdoadosO texto de Hebreus não foi escrito como uma promessa futura, referindo-se a 1844, mas uma realidade a partir da morte de Cristo em nosso lugar.


A misericórdia divina indica que os pecados perdoados são apagados dos registros. É uma equação LÓGICA. São lançados nas profundezas: “Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniquidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar.” (Miquéias 7:18 e 19). Ou você acha que ‘lançá-los nas profundezas do mar’, ‘não lembrar-se deles’, ‘apagá-los como a névoa’ são apenas ‘forças de expressão’, retórica vazia, palavras sem sentido?


2ª Razão – Se alguém [um adventista] “não for aprovado” no juízo investigativo, logo ele será um “ímpio” e terá que passar por um “segundo” juízo.

Não é um jogo de palavras, mas a teoria do juízo investigativo invalida a própria tese do “juízo investigativo”. Observe que a Bíblia não fala que ninguém será julgado duas vezes.

O mais bizarro dessa situação é que somente “o professo povo de Deus” passará pelo minucioso juízo investigativo.

7.      Ao ser reprovado, o professo crente que agora não é mais crente, mas é um ímpio, passará pelo abrangente juízo final. O que leva a CONCLUSÃO DE QUE, em todo o tempo, em Sua onisciência, Deus já sabia que aquele “crente” era um ímpio e que no caso deste professo crente, o melhor julgamento era mesmo o “juízo final”. Mas Deus o deixou passar pelo juízo investigativo.

8.      A Doutrina do Juízo Investigativo comete a blasfêmia de tornar Deus declaradamente ‘malvado’ ou ‘descuidado’. Pense por você mesmo: Que tipo de Deus o juízo investigativo pressupõe? Um Deus que reserva aos professos crentes um destino pior que o dos ímpios: aqueles a quem Ellen White chama de ‘professo povo de Deus’ (GC., p. 480) são aqueles que tentaram ser cristãos e, como não conseguiram, deverão passar por “dois” julgamentos, o juízo investigativo (viveram atemorizados) e o juízo final (serão aniquilados).

9.      Disse Jesus: "... de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de Meu Pai, e diante de Seus anjos." Apocalipse 3:5. Cristo disse que DE MANEIRA NENHUMA riscará o nome dos santos do livro da VIDA. Ou seja, essa possibilidade NÃO EXISTE, então, para que esse juízo investigativo para os santos?

O “Juízo Investigativo” é desta forma um completo ABSURDO.


3ª Razão – Alguns Pioneiros da IASD não viam sentido nessa Doutrina


10.  Tiago White em mais de uma ocasião rejeitou a “crença num juízo investigativo”. Ele afirmou: “O Anjo do advento (Apocalipse 14: 5,7) “dizendo em alta voz, Temei a Deus e dai-lhe gloria porque a hora do seu julgamento é chegada”, não prova que o dia do julgamento viria em 1840 ou 1844, isso só ocorreria com o segundo advento. (Advent Review, Sept. 1850). "Alguns discutem afirmando que o dia do julgamento será antes do segundo advento. - Essa interpretação é certamente sem fundamentação  na palavra de Deus”. (Tiago White, Advent Review, Sept. 1850).

11.  Antes, ele já havia dito: "Não é necessário que a sentença final seja dada antes da primeira ressureição como alguns creem, para que os nomes dos santos sejam escritos no Céu, e Jesus, e os anjos certamente saberão como junta-los e leva-los para a nova Jerusalem. (A Word to the Little Flock, 1847, p. 24).

12.  Mas ele não foi o único, diversos pastores e eruditos adventistas têm recusado essa doutrina. Alguns tem se pronunciado, outros tem preferido guardar silêncio.


4ª Razão – Se existe Juízo Investigativo, o Espírito Santo trabalha em vão e o Trabalho celestial é muito lento


Se um adventista atual  (e olha que já são mais de 20 milhões no mundo todo) teve seu nome “passado no juízo investigativo” ela estaria vivendo antes do fechamento da porta da graça já totalmente perdido ou totalmente salvo. Certamente o Espírito Santo não deve trabalhar para auxiliá-lo, pois faria o trabalho de “advertí-lo” para quê?

13.  E milhares de pessoas devem estar nessa situação “dentro da Igreja Adventista”, pois é certo concluir que muitos destes “já passaram pelo juízo investigativo”, o qual começa e “se restringe” a “casa de Deus” como afirmou Ellen White e creem os adventistas. Ou será que passados 168 anos desde 1844, o juízo investigativo ainda não chegou aos “vivos”? Pensa você, querido adventista que eu estou falando uma bobagem? Então leia o que diz a própria Ellen White:

14.  Na primeira edição do “Grande Conflito”, Ellen G. White afirmou: “Há quarenta anos este trabalho está em progresso, brevemente, ninguém sabe quão breve se passará aos casos dos vivos. (GC, edição de 1884, p. 315). Ou seja, em 1884, o juízo investigativo já estava praticamente chegando aos vivos.  E antes disso, em 1850, na edição dos “Primeiros Escritos” ela afirmou: “Vi que o tempo para Jesus permanecer no lugar santíssimoestava quase terminado e esse tempo podia durar apenas um pouquinho mais; que o tempo disponível que temos deve ser gasto em examinar a Bíblia, que nos julgará no último dia.” (p. 58)

15.  Já na grande revisão da obra “O Grande Conflito”, em 1911 e nas edições subsequentes, as palavras foram modificadas: “O juízo ora se realiza no santuário celestial. Há muitos anos esta obra está em andamento. Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos." (The Great Controversy, edição em inglês, 1950, p. 490). Bem, se atrasou um pouquinho, os redatores que ‘mexem’ nos escritos de Ellen White deram uma atualizada. Em outras palavras, em 1950 já estava chegado a vez dos vivos serem julgados no juízo investigativo.

16.  Se essas declarações de Ellen White não são uma afronta ao BOM SENSO, então TUDO indica que o “juízo investigativo” é muito “trabalhoso” e “demorado”. Tantos anos se passaram desde 1844 e ele ainda não está concluído.

17.  Ao fazer este comentário não estamos de forma alguma desvalorizar os que “acreditam” nessa doutrina, mas queremos mostrar que o “juízo investigativo” é realmente INCOMPATÍVEL com um DEUS “ONISCIENTE” E “ONIPOTENTE”, que tudo sabe e que não necessita deste tipo de juízo para saber quem são os “salvos”.  É a Bíblia que diz que Deus não precisa disso:

18.  Leia Hebreus 4:12 e pergunte se Deus precisa de um “juízo investigativo”: “E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.” Ou seja, se hoje, computadores modernos podem fazer tarefas incríveis em tempo recorde, o ‘juízo investigativo’ está dizendo que Deus pode menos do que um computador?

19.  Sabemos que o Espírito Santo trabalha com cada pessoa, apelando para a sua conversão, falando-lhe e dirigindo-lhe para que siga os caminhos de Deus. FAZ SENTIDO UMA PESSOA JÁ TER SIDO REPROVADA no “juízo investigativo” sem ter cometido o pecado contra o Espírito Santo? Como deve ser a vida desta pessoa?

20.  Ainda mais uma reflexão: se uma pessoa “já está salva ou perdida” não faz a menor diferença se ele está ou não na Igreja, pois nada vai alterar o que já está “estabelecido”. ELE JÁ ESTÁ DEFINITIVAMENTE PERDIDO após a sentença do juízo investigativo. Deve ser por isso que a Igreja Adventista é tão preocupada em trazer novos conversos e é TÃO DESCUIDADA com os próprios membros. Que lástima.


5ª Razão – Se há Juízo Investigativo, os pecados (perdoados) dos Ímpios são EXPIADOS antes que sejam EXPIADOS os pecados dos justos.

“E ele é a propiciação [expiação] pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” I João 2:2.

Imagine um ímpio que se arrepende e pede sinceramente perdão pelos seus pecados. Muda de vida e vai para a Igreja. Os pecados dele foram confessados e perdoados. Por Deus foram lançados na profundezas. Isso é um fato completamente possível. Essa é a razão de ser do Evangelho, a conversão das pessoas. Mas a Bíblia não diz que uma vez salvo, salvo para sempre...

21.  Infelizmente, após algum tempo, ele cede aos apelos do “velho homem” e abandona a Igreja e retorna ao mundo e comete novos pecados dos quais não vem a se arrepender.

22.  Na proposta de Ellen White, no “juízo investigativo” no caso dos ‘justos’, seus “pecados perdoados” permanecem registrados nos livros celestiais, e logo se conclui que o mesmo se passa no caso dos ímpios.

23.  Mas os ímpios só serão julgados no “juízo final” e segundo a tese de Ellen White, isso só ocorrerá depois de terminado o Juízo Investigativo.

24.  Mas o apóstolo João disse que Cristo já fez a expiação pelos pecados do mundo inteiro. Isso vem a ser um grande complicador para a tese de Ellen White: os pecados perdoados dos ímpios já foram expiados “antes” que eles sejam julgados. Mas no caso dos “justos”, os pecados perdoados só serão “expiados” após eles terem sido julgados. ISSO NÃO FAZ NENHUM SENTIDO.

25.  O que faz sentido pela Bíblia é que os pecados (perdoados) de TODOS foram expiados de uma ÚNICA vez pelo sacrifício de Cristo.

26.  Como se percebe, a teoria do Juízo Investigativo é ABSURDAMENTE cheia de falhas conceituais, cheia de falhas de lógica, falhas cronológicas e falhas de interpretação bíblica.



6ª Razão – Quem invalida a Doutrina do Juízo Investigativo e desmoraliza a Igreja Adventista são os próprios escritos da Igreja


Se já não bastassem os escritos de Ellen White, sempre aparece mais um autor adventista com teorias mirabolantes e frases que são um verdadeiro ‘tiro no pé’. Veja só:

27.  Olhem a IMPRESSIONANTE declaração de Clifford Goldstein: “Se a doutrina de 1844 não era bíblica, Ellen G. White pertencia à mesma classe de Mary Baker e de Joseph Smith.” ... “Se o juízo de 1844 não era bíblico, a igreja tampouco o era. (...) A lógica me dizia que se a data de 1844 não fosse bíblica, o adventismo não seria nada mais do que uma seita.” (Clifford Goldstein, 1844 - Uma Explicação Simples das Principais Profecias de Daniel, p. 9 e 10).  Então, num esforço tremendo para que ‘sua amada igreja’ e sua ‘amada profetiza’ não fossem desmoralizados, o autor escreve uma obra inteira.

28.  Mas, no esforço para provar suas teses, o escritor adventista Clifford Goldstein apela: ele diz que se ele está enganado, Ellen G. White vai para a vala comum de Joseph Smith e Mary Baker, dois ‘profetas’ de outras igrejas protestantes do século XIX nos Estados Unidos e a IASD transforma-se numa seita. Logo, quem diz isso, que a Igreja pode ser uma seita (se ela está enganada) é o próprio Clifford, não os opositores. E será que Ellen White é melhor do que Joseph Smith e Mary Baker, como Clifford quer fazer parecer?

29.  Nada mais estranho e lamentável. É sempre a mesma história, quando não se pode valer dos argumentos bíblicos, alguns de nossos teólogos apelam para Ellen G. White. E não podendo se fiar nela, eles entram em descrédito. Além disso, sendo que o juízo investigativo uma doutrina antibíblica, as declarações dele não ajudam em nada. Declarações bombásticas NÃO podem alterar a verdade do texto bíblico.



7ª Razão – O Juízo de Daniel (7, 8 e 9) e de Apocalipse (14) é para os ímpios. É um Juízo ‘a favor dos santos’ e ‘contra o poder que os oprimia’


O contexto de Daniel 7:9-10 é uma sequência da visão dos animais que representam os reinos-impérios mundiais. Observe que a narração do juízo vem logo após o “animal terrível e espantoso” e seus “dez chifres” e “o chifre pequeno”.

30.  Esta é uma narração onde detalhes do juízo e explicações sobre ele são apresentadas algumas vezes entre as narrativas de Daniel e a explicação que lhe foi dada. Leia todo o capitulo e depois observe estes detalhes importantes:

Visão de Daniel:    Versos 10, 11 e 12: “Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos”.

Observe que Daniel faz duas narrativas consecutivas do quarto animal e do chifre que oprimia o povo de Deus. Ele começa narrando nos versos 7 a 9, e depois, quando ele quer saber a interpretação ele complementa a sua narração, nos versos 19 a 22. Perceba que Daniel aumenta os detalhes narrados quando ele faz as perguntas sobre o quarto animal.

Visão de Daniel:    Versos 21 e 22 “Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles, até que veio o ancião de dias, e foi executado o juízo a favor dos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino.

Perceba que nos versos 21 e 22,  Daniel está repetindo o que já havia dito anteriormente, só que com mais detalhes sobre o quarto animal e seus chifres. Não se trata de outro juízo, mas de UM MESMO JUÍZO JÁ CITADO.

Interpretação do anjo, versos 23 a 27: “Assim me disse ele: O quarto animal será um quarto reino na terra, (...)  Quanto aos dez chifres (...) e depois deles se levantará outro (...)  Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.   Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim.    O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo.

Observe que na interpretação do PRÓPRIO ANJO, ele só faz menção de UM “JUÍZO” e não dois ou mais tipos de juízo.

Observe também que tanto na narrativa de Daniel, como na explicação que lhe foi dada esse “único” juízo se estabelece a “favor dos santos do Altíssimo”  e “contra” o poder do quarto animal e seu derivado pequeno chifre que oprimiu o povo de Deus.


31.  O Juízo Investigativo de Ellen White é realizado para julgar ‘o professo povo de Deus’, ao passo que o Juízo mencionado por Daniel é ‘a favor dos santos do Altíssimo’. Então, Daniel não está falando de Juízo Investigativo.

32.  Ainda um último detalhe importante. Tanto na visão de Daniel, como na explicação que lhe foi dada, temos uma completa descrição do Juízo contra os que oprimiam o povo de Deus:

33.  I - Consequência deste juízo para os poderes citados: Na visão de Daniel: “o animal foi morto, e o seu corpo destruído; pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo. Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes concedida prolongação de vida por um prazo e mais um tempo”.   Na explicação do anjo: “Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o domíniopara o destruir e para o desfazer até o fim”.

34.  II - Consequência deste juízo para os santos do Altíssimo: Na visão de Daniel:  “Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, sim, para todo o sempre.”  Na explicação do anjo: “O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo.”

35.            Em síntese, esse ÚNICO juízo mencionado tem TUDO a ver com o JUÍZO FINAL e NADA a ver com um juízo investigativo.

36.  NÃO há no capitulo 7 de Daniel uma narrativa de dois ou mais juízos diferentes. Embora sejam apresentados detalhes em progressão sobre esse juízo, tanto por Daniel, como pelo intérprete da visãoum único juízo é o que temos aqui.

37.  E seria uma afronta ao texto bíblico dizer que se trata de um “juízo investigativo”. É um juízo “a favor” do povo santo contra o “poder” que o oprimia.Note que este juízo desfaz o poder do opressor e acaba com ele. Este mesmo juízo entrega o domínio e a grandeza dos reinos ao povo dos santos do Altíssimo.

38.  Isto já ocorreu? Claro que não! O contexto deste capitulo dá a entender que se trata do juízo final (juízo retributivo) de Deus sobre os poderes que oprimiram o seu povo. Em outras palavras, trata-se do Julgamento feito por Deus contra o poder que estava perseguindo os santos. Os santos não são julgados por seus pecados neste juízo.

39.  O juízo é reservado aos ímpios. “Mas qualquer que Me negar diante dos homens, Eu o negarei também diante de Meu Pai, que está nos Céus." Mateus 10:33.

40.  Em Apocalipse 14, a narrativa é tríplice, mas NÃO pressupõe um Juízo Investigativo. Leia em qualquer versão o texto das três mensagens angélicas.

“6. E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo.
7. Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
8. E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu, caiu babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.
9. E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão,
10. Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
11. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome.” (Apocalipse 14:6-13).

41.  Não se pode definir com segurança absoluta o “tempo” do juízo mencionado em Daniel 7 e em Apocalipse 14. Essa tentativa implicará certamente em confusão e engano. Note que o juízo de Deus é “manifesto”, não uma investigação da qual os interessados nada sabem. O juízo de Apocalipse 14 é aberto e anunciado a TODOS: ele não é um juízo escondido, camuflado, que pode acontecer de repente, inclusive com um ‘réu’ vivo que não sabe se foi julgado ou não. Dessa forma, a apresentação se dá no dia da “manifestação do juízo de Deus” (Romanos 2.5), “o qual trará também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações”. (I  Coríntios 4:5).



8ª Razão – O Juízo Investigativo é a mais clara e próxima descrição do PURGATÓRIO na Teologia Moderna


Embora de forma velada e não totalmente oficial, a Igreja Católica abandonou a pregação da crença no Purgatório. Mas e os adventistas com seu amedrontador e atemorizante juízo investigativo?


42.  O próprio M. L. Andreasen, mesmo dizendo que “a expressão “juízo investigativo” se adapta ao caso do julgamento dos justos” (O Ritual do Santuário, p. 218), concorda que pode haver objeção ao termo. Ele faz um esforço para contornar a situação dizendo que o “juízo investigativo” pode ser chamado de “a hora do juízo” em contraste com o “dia do juízo” (Apoc. 14:7; Atos 17:31). O esforço é INÚTIL, pois o sentido do juízo em Apocalipse 14 não é o juízo dos santos, mas dos ímpios.

43.  Numa CONCLUSÃO ÓBVIA, os adventistas que morrem crendo no “juízo investigativo” ficam em um verdadeiro “limbo”. Seus parentes sabem que seus pecados não foram cancelados, foram apenas perdoados. Angustiados, seus amigos adventistas não sabem se eles serão ou não salvos.

44.  Mas calma queridos adventistas, finalmente chegará em que o nome de seus amigos ou familiares passará pelo “juízo investigativo”. E após o RESULTADO do juízo INVESTIGATIVO, alguns adventistas serão ABSOLVIDOS e poderão aguardar no túmulo o dia em que irão para o céu. Outros, infelizmente NÃO serão absolvidos, isto é, eles serão condenados no juízo investigativo e assim, irão para outro juízo, o juízo final, quando, após saberem que seus esforços foram em vão, eles irão para o tormento.

45.  Estes adventistas estavam num verdadeiro “PURGATÓRIO”. Era um purgatório brando (brando, porque felizmente na crença adventista eles estavam “dormindo”). Ufa!!!



9ª Razão – O Juízo para Premiação (onde não há NENHUMA possibilidade de CONDENAÇÃO)  é somente para os Santos.


Além de ser contra os ensinamentos bíblicos, o “juízo investigativo”  aplicado aos justos foge ao bom senso e a lógica humana. Quando se sabe que uma pessoa é justa, NÓS NÃO A SUBMETEMOS A JULGAMENTO. Ela simplesmente recebe os benefícios de ser justa. E Jesus sabe quem lhe pertence, Ele não precisa de um juízo para isso!

46.  O juízo, no sentido bíblico de um tribunal de julgamento para a condenação, é para os ímpios. O texto bíblico é direto: II S. Pedro 2:9 diz que  “... sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados”.

47.  Em Mateus 13, Jesus disse que o justo ouvirá: “Bem está, servo bom e fiel, foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei”. Disse Jesus em Apocalipse: "O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de Meu Pai, e diante de Seus anjos."

48.  A verdade sobre o juízo é incontestável na  Palavra de Deus. Mas não se pode confundir jamais o claro ensino de que no caso dos santos, eles serão “separados” dos ímpios para receber de Deus o galardão prometido aos fiéis (Mateus 13: 47-50). Compareceremos diante de Deus para receber a sua recompensa, ou será algo feito de “forma investigativa”, sem que saibamos? Não, pois a Palavra de Deus é clara: “Pois todos nós devemos comparecer ante o tribunal de Cristo” (II Coríntios 5:10). Não enfrentaremos um tribunal de acusação, ao contrário dos ímpios, mas receberemos de Deus o seu galardão.

49.  O Juízo dos Santos em seu comparecimento ante o tribunal de Deus (II Coríntios 5:10) é um momento de júbilo, de recompensas aos fiéis. Para os santos está reservado o “galardão” da vitória, que Cristo promete dar a cada um “segundo a sua obra” (Apocalipse 22:12). Para os santos estão reservadas as palavras: “Bem está, servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entra no gozo do teu Senhor.” (Mateus 25:23).

50.  Para os justos está reservado o convite: “Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” (Mateus 25:34). Para os fiéis, o “juízo” de Deus reserva as promessas “ao vencedor” descritas no último livro da Bíblia (Apocalipse 2:7,11,17,26,27 e 3:5,12,21).

51.  Dessa forma, quando é afirmado por Salomão que “Deus há de trazer a juízo toda a obra, até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau” (Ecl. 12:14), fica claro que para os bons Deus trará a juízo o que “é bom”, e para os ímpios, o que é “mau”. Não faria o menor sentido, no momento do “juízo” dos justos, serem repassados os pecados que eles cometeram, como preconiza o juízo investigativo. E ainda mais em se considerando que seus pecados foram perdoados e lançados “nas profundezas do mar”. (Miquéias 7:19).

52.  A maravilhosa promessa, a da salvação sem depender de um “juízo investigativo”, Cristo fez ao ladrão lá no calvário: “Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23:43). Cristo NÃO poderia contradizer a sua própria palavra, ao PROMETER algo que AINDA dependia de uma MINUCIOSA análise. O verso teria que ser remodelado para algo ABSURDO como “Em verdade te digo hoje, se fores aprovado no juízo investigativo, estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23:43). ABSURDO dos ABSURDOS.

53.  Quando Jesus afirmou ao paralítico: "Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os teus pecados." (Mateus 9:2) ele queria dizer apenas: teus pecados são perdoados, mas não cancelados? Não, de forma alguma e repetimos aqui as palavras de Pedro, quando afirmou: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.” (Atos 3:19) É desagradável e ao mesmo tempo necessário fazer esse comentário: será que aparecerá algum especialista adventista para dizer que estes textos bíblicos contém erros de tradução?

54.  Realmente é difícil, para não dizer IMPOSSÍVEL, conciliar a doutrina do ‘juízo investigativo’, que pode nos “condenar’ a qualquer instante (sem que o saibamos), com o evangelho da graça de Cristo. Falando sobre aqueles que aceitam a Cristo, Paulo perguntou e respondeu: “Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” (Romanos 8:34). Aos santos, Paulo diz que NADA pode nos separar do amor de Deus. Para Ellen White é um pouco diferente, pois o Juízo Investigativo pode nos separar do amor de Deus.


A palavra de Deus é clara: os que aceitam a Jesus não passarão pelo juízo! Não podemos confundir os diferentes sentidos da palavra juízo, mas o único tipo de juízo pelo qual passam os santos é o ser feita a justiça em favor deles: receberão o galardão de Deus!



10ª Razão – Não existe Juízo Investigativo, porque Cristo não está nos julgando agora, Ele está intercedendo por nós, e isso de maneira nenhuma se constitui num juízo


O que faz Cristo no Céu neste momento? Para Ellen G. White Cristo está agora ocupado na tarefa de julgar os justos: “Quando se encerrar o juízo de investigação, Cristo virá, e Seu galardão estará com ele para dar a cada um segundo a sua obra." (GC, p. 489). Segundo ela, Ele está realizando o juízo de investigação (juízo investigativo). Mas é isso que diz a Bíblia?

55.  Mas está Cristo agora ocupado em um juízo investigativo?  NÃO, de forma alguma. A Bíblia fala que Cristo está agora ‘intercedendo por nós’: “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se achegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”. (Hebreus 7:25). João diz que Ele é nosso “advogado junto ao Pai” (I João 2:1).

56.  É fato que chegará o dia em que Ele julgará as nações e no Seu papel de juiz, condenará os ímpios no juízo final. Ele tem a autoridade para julgar. “O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo.” (João 5:22). Cristo “foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.” (Atos 10:42). Deus “com justiça há de julgar o mundo, por meio do Varão que destinou.” (Atos 17:31). Mas em todos estes versos se vê claramente que o “juízo” não é para os santos, mas para os ímpios.

57.  "Qualquer que Me confessar diante dos homens, Eu o confessarei diante de Meu Pai que está nos Céus.”  Apoc. 3:5; Mat. 10:32. Observe que essas são PROMESSAS reservadas aos SANTOS, uma verdadeira INTERCESSÃO, não um juízo. A intercessão de Jesus não implica num juízo investigativo “antecipado” para os santos.




11ª Razão – O Juízo para Premiação NÃO pode nem mesmo ser chamado de Juízo pois nele nenhum justo será condenado


58.  Jesus faz aos seus seguidores uma promessa imediata: “Na verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida". (João 5.24)

59.  Compareceremos diante de Deus apenas para recebermos o nosso galardão, pois já estamos “salvos em Cristo”. A promessa é maravilhosa: “Quem crê nEle não é condenado; mas quem não crê já está condenado; porquanto não crê no nome do Unigênito Filho de Deus.”(João 3:18).

60.  Veja que a promessa de Jesus é feita no presente, no agora, no hoje! Não em um “vago e impreciso” momento “investigativo”, que ninguém sabe bem ao certo. Os salvos comparecerão diante de Deus em segurança, certos de sua salvação, assegurada pelo sangue de Cristo, para receber sua maravilhosa recompensa.




12ª Razão – Pode o Juízo Investigativo ser sustentado pelo texto de Daniel 12:1? NÃO, pois Daniel 12:1 é o momento de libertação para o povo de Deus no limiar da volta de Cristo

“Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. (Daniel 12:1 e 2)


61.  Este texto NÃO pode ser uma BASE para o Juízo Investigativo proposto por Ellen White por razões bem SIMPLES:

a)      Ele se refere claramente ao tempo de angústia;
b)      Ele ocorre imediatamente antes da ressureição.

62.  Há uma ‘verificação’ dos nomes no livro da Vida. Já sabemos que não podemos associá-la e nem chamá-la de ‘juízo’, sendo que é uma referência aos santos (João 5:24). Ora, sendo evidente que isso ocorre antes da volta de Jesus (Daniel 12:1), antes da primeira ressurreição (I Tess. 4:16) e antes do juízo final, é correto então chamar de “juízo” a “verificação” da qual fala Daniel 12:1 e 2?

63.  Este texto é importante porque claramente contém elementos “chaves” inegáveis: a) só serão livrados os que tiverem o nome escrito no livro; b) o texto associa isso ao tempo de angústia; c) o texto faz referência aos vivos; d) o texto faz referência a ressurreição.

64.  Por que não estaria aqui o juízo investigativo? Duas importantes informações que decorrem da análise dão essa resposta. A primeira é o período de tempo envolvido na verificação dos nomes no Livro. NADA indica que seja um período longo, pois ele é mencionado como ocorrendo como um fato ligado ao próximo acontecimento que é a ressureição.

65.  Além disso, os que serão salvos ou libertos no tempo de angústia são apenas os que estiverem vivos nessa ocasião. Observe com atenção o texto e veja que Daniel associa o “encontrar” o nome no livro aos que estarão vivos no tempo de angústia. Ele não fala de uma verificação no livro com outra finalidade. Apenas o livramento dos que estiverem vivendo o tempo de angústia.

66.  Não sabemos (ao certo) o número DE PESSOAS JUSTAS vivendo no final dos tempos. Serão  aqueles que testemunharão a volta de Cristo, e assim, acredita-se que seu número será pequeno quando comparado com o total da população do planeta. Logo, a verificação de seus nomes não é, em absoluto, um processo demorado. Ainda que fossem MUITOS, sabemos que, além de Deus ser ONISCIENTE e ONIPOTENTE, essa verificação é feita nos Céus, onde o tempo não segue as mesmas leis físicas aqui da Terra.

67.  Não é necessário um LONGO período de tempo para essa análise e verificação. Vale lembrar que Tiago White em mais de uma ocasião rejeitou a “crença num juízo investigativo” da forma como ele é ensinado pela Igreja hoje. Ele afirmou: "Não é necessário que a sentença final seja dada antes da primeira ressureição como alguns creem, para que os nomes dos santos sejam escritos no Céu, e Jesus, e os anjos certamente saberão como juntá-los e leva-los para a nova Jerusalém.” (A Word to the Little Flock, 1847, p. 24). Ele estava contradizendo duramente Ellen White, sua esposa, quando ao abordar a tese da investigação, disse: "Alguns discutem afirmando que o dia do julgamento será antes do segundo advento. Essa interpretação é certamente sem fundamentação na palavra de Deus”. (Tiago White, Advent Review de Setembro de 1850).

 Aguardem a parte 3