Cristo, o bode, azazel, o diabo e os
Adventistas do Sétimo Dia
A doutrina de 1844 gerou outra
conclusão da obra ‘iniciada’ por Cristo em 1844. Ellen White produziu (ou
melhor, codificou de outros) um conceito que os pecados serão lançados
finalmente sobre Satanás. Essa interpretação eles tem do bode emissário do Dia
da Expiação em Israel. Ellen White ensina isso no livro O Grande Conflito,
capítulo 41. Também o livro oficial Nisto Cremos capítulo 23 ensina isso,
declarando:
“O
exame cuidadoso de Levítico 16 revela que Azazel representa Satanás, e não
Cristo, conforme alguns têm imaginado.”
Os
adventistas insistem que tal castigo de nossos pecados lançados sobre
Satanás não é expiatório, mas punitivo. Isso não muda em nada a
questão. Pois foi Cristo que foi punido pelos pecados de Seu
povo, somente assim proporcionando a expiação (Is 53.5).
Vejamos
as três razões apresentadas pelos eruditos adventistas, intercalando com nossas
objeções:
Os
argumentos que apoiam esta interpretação, são: “(1) o bode emissário não era
morto como sacrifício, e assim não poderia ser usado como um meio para trazer o
perdão, uma vez que ‘sem derramamento de sangue, não há remissão’ (Heb. 9:22);
RESPOSTA:
Esse bode morreria no deserto, levando a iniquidade do povo de Deus. A Bíblia
diz que o envio para o deserto seria“para fazer
expiação” (Lv 16.10). O sofrimento no deserto seria uma punição dos
pecados do povo do Senhor. Devemos lembrar que Cristo não apenas morreu pelos
pecados, mas sofreu a punição de nossos pecados. Os dois bodes foram
escolhidos para prefigurar isso. Sofrimento e morte do Senhor Jesus.
Em
uma nota o Nisto Cremos faz uma pergunta imprudente:
“Se
Azazel representa Satanás, como podem as Escrituras (Lev. 16:10) conectá-lo com
a expiação?”
Se
a pergunta fosse feita com base na Bíblia, e não apenas em opiniões humanas de
teólogos, ou de possível tradução, teríamos a seguinte conclusão: Se tal bode
está ligado à expiação, logo ele não é figura do diabo!
(2)
o santuário era inteiramente purificado pelo sangue do bode do
Senhor antes que o bode emissário fosse introduzido no ritual (Lev.
16:20);
RESPOSTA:
Essa prova é arbitrária. Se é que pelo menos é prova para alguma coisa. Após o
envio do bode ao deserto, Arão ainda devia fazer ofertas pelos
pecados (veja Lv 16.23,24,25,26). Mas eu acho que isso dito pelos
teólogos adventistas é gratuito. Ler o versículo seguinte (16.21) leva a uma
cena interessante. O evento não terminou. O sacerdote acabou de matar um dos
bodes e agora ele vira-se para o bode vivo e coloca as mãos em sua cabeça e ‘confessa’ os
pecados de Israel sobre ele!
(3)
a passagem trata o bode emissário como um ser pessoal que é o oposto, e se
opõe, a Deus (Lev. 16:8 diz, literalmente: ‘Um para o Senhor, o outro para
Azazel’).
RESPOSTA:
Isso está acarretando conceitos preconcebidos. ‘SE OPÕE’ a Deus parece ser um
exagero. Mas o que o texto está dizendo simplesmente é: um bode será
sacrificado e outro será levado para o deserto.
Este
último apresenta alguns argumentos que no máximo provariam que Azazel em
Levítico 16 trata-se de algum símbolo do mal.
ADVENTISTAS!
O texto diz que o bode foi levado ‘para’ Azazel, e não que era Azazel!
Veja que os eruditos adventistas, e Ellen White, fazem uma mistura de quem
era o bode com para quem era o bode!
Por
isso a conclusão do Nisto Cremos é precipitada:
“Portanto,
na compreensão da parábola do santuário, é mais coerente ver o bode do Senhor
como símbolo de Cristo e o bode emissário – Azazel – como símbolo de
Satanás.”
Um
entendimento melhor desse assunto pode ser percebido em Isaías
Por
último, devemos lembrar que a exposição inspirada sobre a expiação é a carta
aos Hebreus. Em momento algum o autor da carta sequer insinuou tal conceito
sobre a obra de Cristo. Visto que o bode emissário é tão importante no
principal dia de expiação de Israel, seria uma omissão muito estranha. O
autor dessa carta é o que mais fez uso do VT nos escritos do NT.
Visto
que ali apenas Cristo foi prefigurado, o autor inspirado concentrou-se no único
significado do Dia da expiação – A suficiente morte
expiatória de Cristo pela igreja!
Esse
absurdo doutrinário tem levado alguns críticos a dizerem que os Adventistas
consideram o diabo co-redentor! Acredito que seja uma conclusão correta, mas
não que seja a intenção Adventista dizer isso, muito menos crer nisso. Mas se
essa é uma conclusão inevitável, eles deveriam abandonar essa interpretação. O
que jamais farão tendo em vista que tal ensino foi codificado por Ellen White.
Infelizmente, o Nisto Cremos chega dizer que tal punição no diabo faz
parte da expiação!
Aviso: senhores adventistas, favor colocar seu nome quando comentar alguma postagem.Não tenham medo dos vossos pastores, pois eles também acessam este site. Não fiquem no anonimato; os tímidos e covardes não herdarão o reino de Deus!
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