Na Revista Adventista de
junho de 2004, na seção "Consultoria Doutrinária" foi publicado um
artigo com o título, "A Divindade sofreu a penalidade"? O artigo
(reproduzido abaixo), extraído do livro A Trindade, da CPB, é uma
excelente oportunidade para os adventistas que acessarem este site, refletirem
sobre o dogma católico da Trindade.
O artigo apresenta duas perguntas:
1ª- A Divindade sofreu a penalidade?
2ª- Quando dissemos que Deus
morreu, isso se refere apenas à
divindade do Filho? As duas perguntas
são respondidas de maneira ambígua, parcial e contraditória. O artigo peca pela
falta de definição. O que os autores do artigo entendem por divindade? Eles
usam a palavra divindade de duas maneiras, com letra inicial plural e com letra
inicial singular. Divindade e divindade.
Trabalhando com essa definição
imprecisa, os autores tentam provar que na cruz, houve também a morte do Pai,
pois este, "Estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.", (II
Coríntios 5:18,19) e assim, respondem afirmativamente a segunda pergunta. A
divindade do Pai e a do Espírito Santo também morreu na cruz.
O artigo como disse, é enormemente
contraditório. A resposta que ele dá a segunda pergunta (Quando dizemos que
Deus morreu, isso se refere apenas à divindade do Filho?) no parágrafo inicial,
(Certamente, não!) ele a nega integralmente no parágrafo nono: "...a morte
de Cristo requereu a Sua divindade. Ela não morreu literalmente, mas estava
ali, em profunda unidade com Sua natureza humana."
Quando os autores tornam a "divindade",
característica comum do Pai, do Filho e do Espírito Santo, (A divindade de
Cristo é a plena divindade de toda a Divindade triúna. - parágrafo 3) e que a
"divindade não morreu literalmente" eles simplesmente estão dizendo
que na cruz, houve um embuste, uma encenação levada a cabo pelo Pai, Filho e
Espírito Santo. Não houve morte na cruz, apenas uma representação.
O artigo não foi escrito para
esclarecer, mas para confundir e confundir com ares de erudição. Os autores
afirmaram que na cruz houve o sacrifício de um deus triúno, onde cada uma das
outras duas pessoas, o Pai e o Espírito Santo, em razão da "profunda
unidade e triúna unicidade em natureza" com o Filho, estavam na cruz
"profundamente presentes e solidários com a morte substitutiva de Cristo."
Os autores fizeram um malabarismo mental extraordinário para colocar a trindade
na cruz, mas não conseguiram.
Que Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, é um fato inquestionával. Mas de que maneira Ele
estava lá ? Pessoalmente morrendo e não morrendo na cruz segundo a Revista
Adventista ou de outra maneira completamente diferente ?
A resposta de tão simples que é, me
faz pensar que os doutores da Andrews ficaram loucos. Se Deus estava em
pessoa ou de qualquer outra maneira que pudesse ser percebido por Cristo,
morrendo com Cristo na cruz, por que Cristo antes de morrer, exclamou: DEUS
MEU, DEUS MEU, POR QUE ME DESAMPARASTE ?.
Será que os autores do artigo ou os
editores da R.A não têem em casa um exemplar do Desejado onde possam ler na página
724 que, "Naquela densa treva ocultava-Se a presença de Deus. Ele faz da
treva o Seu pavilhão, e esconde Sua glória dos olhos humanos. Deus e Seus
santos anjos estavam ao pé da cruz. O Pai estava com o Filho. Sua presença, no
entanto, não foi revelada. Houvesse sua glória irrompido da nuvem, e todo
expectador humano teria sido morto. E naquela tremenda hora não devia Cristo
ser confortado com a presença do Pai. Pisou SOZINHO o lagar, e dos povos nenhum
havia com ele."
"Sobre Cristo como nosso
substituto e penhor, foi posta a iniquidade de nós todos (...) Toda a sua vida
anunciara Cristo ao mundo caído as boas novas da misericórdia do Pai, de seu
amor cheio de perdão. A salvação para o maior pecador, fora seu tema. Mas
agora, com o terrível peso das culpas que carrega, não pode ver a face
reconciliadora do Pai. O afastamento do semblante divino, do Salvador, nessa
hora de suprema angústia, penetrou-Lhe o coração com uma dor que nunca poderá
ser bem compreendida pelo homem. (...) Temia que o pecado fosse ofensivo a
Deus, que sua separação houvesse de ser eterna." O DESEJADO, PÁG 723.
Que Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, foi uma realidade; mas quem morreu sozinho na
cruz para nos salvar, foi o Filho de Deus. A presença de Deus na vida e na
morte de Cristo, se deu de forma muito diferente desta que diabolicamente foi
apresentada na Revista Adventista de junho de 2004.
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