Ex estudante da teologia adventista do SALT- IAENE

A História de  mais um liberto da seita Adventista!

Depois de relutar por algum tempo, venho até vocês para contar um pouco sobre minha história dentro do Seminário de Teologia em cachoeira na Bahia.

 

Cursei os dois primeiros anos da faculdade de teologia no SALT-IAENE em cachoeira na Bahia, (se tiver de relatar tudo o que ouvi e presenciei,
 

Poderia escrever um livro) um tempo o qual me fez perder totalmente a fé na IASD.

 

Lembro que de início para entrar no Seminário, como era solteiro a época era obrigatório que eu morasse pelo menos Um semestre no Residencial Masculino
 

Do campus, com a desculpa de que estaria sendo avaliado. O quarto mais humilde, para ser dividido entre 8 pessoas, custava em torno de R$ 1, 200 fora o custo do
curso em si, deveria ter um gasto médio mensal de 1800 reais (Para viver dignamente dividindo um quarto entre 8 ou 6 pessoas) como eu não possuía todo esse dinheiro
 

(por haver sido explorado e sugado a até quase me matar na obra missionária da "colportagem evangelista") me dirigi até o setor de "Filantropia" no qual fui contemplado
com uma bolsa de estudos de 50%!! A princípio agradeci a Deus em uma pequena prece, por esta "benção", mas em menos de 2 minutos,
descobri que a tal "bolsa" não era bem o que eu esperava, fui designado para trabalhar na cozinha do campus, numa jornada de 6 horas diárias, de segunda a sexta, e mais 9 horas aos domingos. A princípio concordei com a tal "bolsa" (se soubesse um pouco de direito trabalhista na época...) e fui ao trabalho, lembro de ser acordado por uma ligação no sábado de manhã às 6 horas, estavam me chamando para o abençoado "plantão missionário", o qual eu era OBRIGADO a realizar durante dois sábados no mês! Passei dois anos morando na faculdade e tendo que trabalhar aos sábados, lavando pilhas e pilhas de panelas, sob ameaça de perder minha estimada "bolsa de estudos" caso não concordasse em ser "missionário" aos sábados ajudando na cozinha. Certa vez um colega, filho de pais empresários, que lhe
pagavam integralmente os estudos de forma que ele apenas estudava e não trabalhava, se ofereceu na cozinha para "servir como missionário" ajudando a lavar panelas a responsável lhe disse que NÃO e lhe proibiu de ajudar, com a desculpa de que o plantão missionário era apenas para alunos bolsistas.
 

Após isso me desagradei e resolvi não mais trabalhar aos sábados na cozinha, comecei a faltar e logo fui chamado à filantropia, a fim de dar explicações, sofri ameaças de perder
a bolsa de estudos, sofri ameaças de retaliações nos relatórios, e a única pergunta que fiz ao responsável (Sr. Evilásio Campos) pelas bolsas foi:
O Senhor vai mesmo me obrigar a trabalhar aos sábados? Ele não me deu respostas, apenas deu de ombros...
As aulas de Teologia eram muito boas, mas alguns colegas...
Lembro que desde que entrei para assistir a primeira aula, pensava que todos os meus colegas fossem consagrados e de bom caráter, então percebi o quanto estivera errado. Tive muitos colegas comediantes, alguns em especial paravam a aula a cada dois minutos com uma piadinha esperando o riso e incentivo de outros, talvez lhes fosse melhor procurar um Circo. Chegou um ponto em que não conseguíamos prosseguir com a matéria, de tanta interrupção com piadas e anedotas toda à hora, alguns colegas colocavam o celular pra despertar no meio da aula com o som de um relincho de cavalos e gemidos femininos.
 

Da turma de 40 alunos se tivessem 6 ou 7 alunos sérios, comprometidos com o ministério eram muitos. Nossa professora de Língua Portuguesa no primeiro ano, Sra. Maria Conceição, era uma mulher católica  (isso mesmo, em certa ocasião levamos um sermão de outro professor, após ela desabafar que não havia se tornado adventista ainda, em mais de 10 anos de aulas no seminário de teologia, devido ao comportamento e exemplo de seus alunos) ela era a quem mais sofria nas mãos de nossos colegas, que debochavam, atrapalhavam e dormiam em suas aulas.
 

Tínhamos um colega homossexual (enrustido), mas que em suas confidencias particulares com alguns colegas já havia se assumido, tínhamos um colega que virava noites e noites jogando jogos de guerra e tiro, online e reprovando nas matérias, tínhamos colegas solteiros com vida sexual ativa, tínhamos colegas que trapaceavam e colavam nas provas, tínhamos colegas ladrões... Sinceramente você pode achar que estou aumentando, mas você não faz idéia do tipo de homens que tem entrado nos seminários para se tornarem pastores em nossa igreja.
 

Os professores eram bons, exceto os "Doutores" os professores que cursavam ou tinham apenas o mestrado eram mais abertos e "dóceis" de se relacionar, já os professores com Doutorado e Bagagem internacional como a Universidade Andrews ou a La Sierra ou alguma outra européia, eram os piores, frios, arrogantes,
 

E terríveis com os alunos, ostentando sabedoria e tendo prazer em humilhar aqueles que faziam perguntas consideradas "óbvias" ou "ridículas" pela mente superior do Dr..

Questões sobre colportagem, administração da IASD, conduta anticristã, Ellen G. White, eram expressamente proibidas! Sob pena de ficar "queimado" e correr o risco de não receber "O chamado".
 

Fazíamos uma matéria chamada: Formação Moral e Espiritual do Pastor, com o intuito de nos preparar para os horrores da Administração adventista.
 

Abuso de poder, desvio de verba, adultério, perversão moral, perversões sexuais e toda a sórdida podridão que pode nascer no coração humano, o objetivo desta matéria era nos deixar de sobre aviso e aprendermos a passar ver e fazer de conta que não vimos, aprendermos a obedecer cegamente sem questionar, em outras palavras aprender que o pecado não deve ser denunciado.
 

Fora a grande pressão que o pastor adventista sofre, não interessa se ele é bom regador, se é consagrado, se é fiel, ou tem bom relacionamento com sua igreja, apenas duas coisas importam:
 

Batismos e Dízimos, o resto é história!
Essas e muitas outras coisas que aconteceram me fizeram abandonar o Seminário Teológico e abandonar a fé, hoje sou deísta com um profundo senso crítico agnóstico.
A semelhança do papado a administração da Iasd reina soberana sobre a salvação de seu rebanho provavelmente sou tachado como herege ou endemoniado, mas isso já não me importa mais,apenas estou dando um pequeno "testemunho" de tudo o que vi e ouvi no Seio da IASD. Quem tiver duvidas sobre a veracidade do que escrevo que procure um pastor honesto e lhe pergunte como são as coisas no internato e no seminário adventista.
Saudações cordiais, paz e bem.

Adventistas.ws